sábado, 17 de setembro de 2011

ABELHA, VIDEOCABINES e VIDEOCARTA (exercícios)

EXERCÍCIOS DE REALIZAÇÃO

ABELHA (vídeo solo)

O que é?

Quatro em um. O diretor faz a câmera, opera o áudio e entrevista, ao mesmo tempo, sem assistentes.

Qual a proposta?

É um exercício de domínio de técnica e auto-suficiência. Você será responsável pela estética visual, pela qualidade da imagem e do som que estarão sendo gravados, pelo conteúdo temático e narrativo, pela direção e realização das entrevistas. E, talvez, seja o próprio produtor de seu vídeo. é verdade, mas não é impossível, e acontece muito no jornalismo onde o próprio repórter pode até (além de tudo isso já listado) ser o responsável pela edição-montagem e finalização do vídeo, e, de quebra ainda envia-lo por satélite ou postá-lo na internet (num domínio FTP ou youtube para download).

Qual o sentido da proposta: Autonomia. Com o aparecimento de equipamentos cada vez menores e mais simples, a proposta tem como objetivo incentivar a desenvoltura e auto-suficiência. Não que se pretenda abolir funções e técnicos de uma equipe, mas a prática dessas várias funções leva a um maior conhecimento e desenvolvimento profissional. Faça você mesmo.

VIDEOCABINE

O que é?

Um lugar onde o entrevistado terá a liberdade de deixar um depoimento sem interferência de um entrevistador ou operador de câmara. A câmera fica um espaço reservado onde este entrevistado-depoente terá a liberdade de entrar na cabine, falar e sair sem a interferência de ninguém. Ele terá a câmera só para si durante um tempo pré-determinado pelo diretor, que não interferirá neste processo de gravação de seu depoimento.

Da mesma forma, pode-se criar um espaço reservado onde este mesmo (ou outros) entrevistado-depoente poderá entrar e assistir o que foi dito para a câmera. Este circuito de gravação-exibição chama-se: videocabines.

Necessidades: Uma câmera, tripé, controle remoto, uma pequena sala de 3 X 3 ou uma barraca de camelo montada com uma abertura lateral, tapadeira onde cada participante da atividade vai ter a privacidade de utilizar a câmera sem que outras pessoas interfiram, e poder durante alguns minutos apresentar-se sem interferências e em reservado.

Observações: É preciso verificar a iluminação da sala ou dentro das tapadeiras onde será montado o “set” de modo que a gravação não fique escura.

Também é fundamental desligar aparelhos de ar-condicionado para evitar ruídos. Uma verificação do áudio com fone pode prevenir surpresas desagradáveis.

O microfone a ser utilizado é o da própria câmera que é apropriado para captação multi-direcional (mas se houver necessidade pode-se conectar um microfone direcional ou de mão).

O foco da câmera é fixo de forma a não variar com um possível deslocamento das pessoas em frente a mesma.

VIDEO-CARTA

O que é?

Como o próprio nome já diz, a proposta de vídeo-carta envolve a troca de correspondência entre dois ou mais grupos através vídeo que serão produzidos e enviados entre eles, numa conversa sobre temas específicos (ou proposta pré-acordadas entre esses grupos anteriormente).

Assim cada grupo vai falar sobre alguns assuntos esperando a resposta do outro grupo, como numa carta.

Ex. Cada grupo conta como é o cotidiano de seu próprio grupo, como vivem, como são as suas casas, quem são seus vizinhos e o que mais gostam de fazer de dia ou á noite.

Um outro exemplo poderia ser a questão da saúde e das doenças atingem esses grupos, seus principais problemas ou demandas sobre saúde coletiva e atendimento básico local, poderia ser elaborada uma pauta conjunta sobre sugestões para melhorar esse atendimento e para que cada grupo possa ampliar suas reivindicações políticas junto ao poder publico e organizações de saúde.

Atividades-propostas

1. definir quais as pessoas ou grupos irão participar do circuito de ‘correio‘, quais os temas e assuntos a serem abordados, assim como os formatos de produção, prazos, etc.

2. produzir e distribuir a vídeo-carta

3. monitorar as exibições, a avaliação do que foi visto na vídeo-carta e o retorno, quer dizer a vídeo-resposta (vídeo-carta resposta)

4. receber a vídeo-resposta e assistir. Avaliar os resultados e propor nova vídeo-carta.

Necessidades: cada pessoa ou grupo deve possuir ao menos uma câmera, um microfone e forma de exibir os vídeos. Ser capaz de elaborar uma pauta de gravações conforme a proposta temática acordada e do roteiro proposto (elaborado em função do eixo temático desejado à vídeo-carta).

Observações: a proposta de vídeo-carta é amplamente utilizada por grupos do movimento popular para discutir e agilizar debates sobre temas de interesse especifico. Também é realizada junto a grupos indígenas para consolidar ações, minimizar as distâncias físicas e geográficas entre alguns grupos e etnias e promover a integração dessas tribos.

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